quinta-feira, 15 de março de 2012

Efeito de estufa

A atmosfera terrestre, na sua composição actual, é o resultado de processos físico-químicos e biológicos iniciados há milhões de anos. A atmosfera do nosso planeta é formada por inúmeros gases, como, por exemplo, o azoto(78,11%) e o oxigénio(20,95%). existem no entanto outros gases como o dióxido de carbono, o metano e óxido nitroso, que desempenham um papel muito importante na nossa atmosfera.
Devido á presença de gases na troposfera, uma parte no fluxo energético infravermelho emitido pela superfície é absorvido. Como consequência verifica-se um aquecimento natural e benéfico que assegura a manutenção de temperatura média á superfície terrestre é absorvido.

  

Este fenómeno, designado por efeito de estufa, tem permitido a existência de uma multiplicidade de formas de vida na biosfera.

Reflexão: O efeito de estufa é um fenómeno que tem permitido o desenvolvimento e evolução da vida até actualmente, mantendo uma relativamente pequena variação de temperatura e uma temperatura média á superfície de 15ºC.

Fontes: Livro de geologia 12º ano

Homo neanderthalensis


O Homo neanderthalensis é uma espécie extinta, fóssil, do gênero Homo que habitou a Europa e partes do oeste da Ásia, de cerca de 300 000 anos atrás até aproximadamente 29 000 anos atrás, tendo coexistido com os Homo sapiens. possuiam muitas das preocupações estéticas e espirituais do homem moderno,

como se poderá entender a partir das características das suas sepulturas. Partes de um esqueleto de Neandertal foram descobertas primeiramente na pedreira de Forbes, Gibraltar, em 1848, anterior, de facto, à descoberta dita "original" numa gruta chamada de Feldhofer Grotte, no flanco do vale do rio Düssel, afluente do rio Reno, em agosto de 1856.

A base da língua do neandertal era posicionada mais acima na garganta, deixando a boca mais cheia. Como resultado, é bem provável que a fala dos neandertais tenha sido lenta, compassada e nasalizada.


Os neandertais realizavam um conjunto sofisticado de tarefas normalmente associados apenas aos humanos, como a construção de abrigos complexos, o controlo do fogo e a remoção da pele dos animais. Particularmente intrigante é um fêmur de urso encontrado em uma escavação com quatro furos numa escala diatónica feitos deliberadamente nele. Essa flauta foi encontrada na Eslovénia em 1995 próximo a uma fogueira do período musteriense usada pelos neandertais, mas seu significado ainda é controverso.

Possuíam lanças que consistiam de grandes eixos de madeira com uma seta em uma das extremidades firmemente presa, mas as lanças fabricadas para serem lançadas foram usadas primeiramente pelo Homo sapiens. A mulher tinha um papel fundamental e mesmo superior ao homem na cultura neandertal, pelo que o sangue menstrual detinha um forte valor ritual.

A extinção do homem-de-neandertal não está esclarecida, mas persistem várias hipóteses, todas elas baseando-se no pressuposto de que houve competição com o Homo sapiens, que se mostrou mais adaptado, tendo em vista a sobrevivência da espécie.Outros autores avançam com a hipótese de o tempo de gestação ser maior no caso dos neandertais (talvez 12 meses em vez dos 9 no caso do Homo sapiens), o que explicaria uma maior dificuldade em reproduzir-se.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Homem-de-neandertal

Reflexões: Esta espécie homo faz-nos ter mais perguntas que respostas e por cada pergunta que é respondida esta leva novamente a mais questões. O que lhes aconteceu?, não se sabe ao certo mas de certeza que gostaríamos de saber pois nós o sapians sapians vivémos graças á descoberta e á exploração.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Mudanças Globais: El Niño


O El Niño é um fenômeno climático, de caráter atmosférico-oceânico, em que ocorre o aquecimento fora do normal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. As causas deste fenômeno ainda não são bem conhecidas pelos especialistas em clima.
Efeitos do El Niño 
Este fenômeno costuma alterar vários fatores climáticos regionais e globais como, por exemplo, índices pluviométricos (em regiões tropicais de latitudes médias), padrões de vento e deslocamento de massas de ar. O período de duração do El Niño varia entre 10 e 18 meses e ele acontece de forma irregular (em intervalos de 2 a 7 anos).


Efeitos do El Niño

- Os ventos sopram com menos força na região central do Oceano Pacífico;
- Acúmulo de águas mais quentes do que o normal na costa oeste da América do Sul;
- Diminuição na quantidade de peixes na região central e sul do Oceano Pacífico e na costa oeste dos Canadá e Estados Unidos;
- Intensificação da seca no nordeste brasileiro;
- Aumento do índice de chuvas na costa oeste da América do Sul;
- Aumento das tempestades tropicais na região central do Oceano Pacífico;
- Secas na região da Indonésia, Índia e costa leste da Austrália;
- Muitos climatologistas acreditam que o El Niño possa estar relacionado com o inverno mais quente na região central dos Estados Unidos, secas na África e verões mais quentes na Europa. Estes efeitos ainda estão em processo de estudos.

Curiosidades: 

- O termo El Niño é de origem espanhola e se refere a Corrente de El Niño. O nome foi dado por pescadores da costa do Peru e Equador, pois na época do Natal a região costuma receber uma corrente marítima de águas quentes. Por aparecer no período natalino, El Niño (O Menino) Jesus foi homenageado, pelos pescadores, com o nome do fenômeno climático. O termo popular foi adotado também pelos climatologistas.
- Quando o fenômeno é inverso, ocorrendo um resfriamento fora do normal na águas da região equatorial do Oceano Pacífico, dá-se o nome de La Niña.

Reflexão: O   El Niño e um dos fenómenos mais curiosos da natureza, pois mesmo tratando-se de uma simples mudança nas correntes marítimas sul americanas, afecta os seres vivos e o clima de todo o mundo.

Mudanças Globais: Ciclos de Milankovitch

Na escala de tempo das centenas de milhares de anos, a alternância entre períodos glaciares e interglaciares resulta, muito provavelmente, de forçamentos de natureza astronómica sobre o sistema climático resultantes de:- pequenas variações na excentricidade da órbita da Terra em torno do Sol,- da variação na inclinação desse eixo relativamente à elíptica- e do movimento de precessão do eixo da terraA teoria de Milankovitch é baseada nas variações cíclicas destes 3 elementos que ocasionam variações da quantidade de energia solar que chega a Terradesencadeando a entrada numa era glaciar ou interglaciar.


- Excentricidade da Órbita - A forma da órbita da Terra ao redor do sol (excentricidade) varia entre uma elipse e uma forma mais circular


- Obliquidade do Eixo de Rotação - O eixo da Terra é inclinado em relação ao sol em aproximadamente 23º. Esta inclinação oscila entre 22,5º e 24,5º. (quando a inclinação é maior as estações são mais extremas -os invernos são mais frios e os verões mais quentes. E quando a inclinação é menor as estações são mais suaves).


-Precessão - Conforme a Terra gira em torno de seu eixo, o eixo também oscila entre um sentido apontando para a estrela do Norte, e outro apontando para a estrela 
As três principais variações orbitais. Excentricidade: mudanças na forma da órbita da Terra. Obliquidade: mudanças na inclinação do eixo de rotação da Terra. Precessão: variação do sentido desse eixo de rotação.


Reflexões: O efeito de estufa é uma teoria quase adquirida como a explicação para as mudanças climáticas, no entanto outras teorias podem explicar estes  fenómenos, os ciclos de Milankovitch são um exemplo que explicam estes fenómenos com base nos movimentos da terra.
Fontes:http://www.botanicasp.org.br/educacao/milankovitch.html
 http://eternosaprendizes.com/tag/ciclos-de-milankovitch/

Mudanças Globais: Teoria de Gaia

Teoria de Gaia, também conhecida como Hipótese de Gaia, é uma tese que afirma que o planeta Terra é um ser vivo. De acordo com esta teoria, nosso planeta possui a capacidade de auto-sustentação, ou seja é capaz de gerar, manter e alterar suas condições ambientais.
A Teoria de Gaia foi criada pelo cientista e ambientalista inglês James Ephraim Lovelock, no ano de 1969. Contou com os estudos da bióloga norte-americana Lynn Margulis. O nome da teoria é uma homenagem a deusa Gaia, divindade que representava a Terra na mitologia grega.
Quando foi lançada, esta teoria não conseguiu agradar a comunidade de cientistas tradicionais. Foi, primeiramente, aceita por ambientalistas e defensores da ecologia. Porém, atualmente, com o problema do aquecimento global, esta teoria está sendo revista e muitos cientistas tradicionais já aceitam algumas idéias da Teoria de Gaia.
Reflexões: Visto que tudo é constituído por átomos, tudo na terra e fora dela pode estar ligado de certa maneira.
Mesmo que seja verdade a terra mesmo que se regule não significa que a permanência do homem no planeta esteja assegurada, por tanto, deve-mos ter cuidado.


Documentário "Reacção em cadeia: O Mundo sem petróleo


Actualmente a nossa sociedade e totalmente movida a petróleo, somos totalmente dependentes dele para a dia-a-dia seja nos transportes, no fabrico de objectos ou mesmo na alimentação, tudo depende do "ouro negro".
O documentário "Reacção em cadeia: O Mundo sem petróleo" relata uma visão apocaliptica da terra depois do petróleo acabar. Falta de comida e de eletricidade, colapso da economia mundial e mortes são algumas consequências que um acontecimento desses causaria.


O MUNDO SEM PETRÓLEO: FACTOS

História do Petróleo


  • O petróleo é um dos combustíveis mais poderosos e versáteis do nosso planeta.
  • Plantas e animais mortos, comprimidos e expostos ao calor durante centenas de milhões de anos, produziram um néctar planetário primitivo, de onde se podem fazer coisas tão variadas como pasta dos dentes, batons, polyester ou plástico: o petróleo.
  • O homem extrai petróleo do subsolo há cerca de 150 anos.
  • O homem já extraiu mais de um trilião de barris de petróleo, cerca da mesma quantidade que ainda há no subsolo para consumo humano.


Nos Estados Unidos da América

  • Os Estados Unidos da América são o país que importa mais petróleo no mundo.
  • Todos os dias, os Estados Unidos da América produzem mais de oito milhões de barris de petróleo, mas consome mais do dobro.
  • Há mais de 400 mil pessoas a trabalhar na indústria petrolífera e de gás nos Estados Unidos.
  • Para as necessidades pessoais e industriais, os Estados Unidos usam o equivalente a dez super tanques cheios de petróleo todos os dias.
  • Por baixo da Califórnia, a jazida de petróleo de Kern River, contem mais de quinhentos milhões de barris, capazes de abastecer os Estados Unidos durante cerca de um mês.
  • Muitos países têm reservas de petróleo. Só os Estados Unidos têm 725 milhões de barris de crude escondidos.
  • Podemos extrair óleo de rebentos de soja e transformá-lo em combustível.
  • Podemos extrair etanol do milho, um combustível alternativo para os carros a gasolina.


Negócio

  • Noventa por cento das receitas de exportação da Arábia Saudita vêm do negócio do petróleo.
  • Durante o embargo de petróleo de 1973, a redução da importação de petróleo fez com que vários postos de abastecimento dos Estados Unidos ficassem sem combustível.

· Os portos da costa oeste dos Estados Unidos movimentam mais de 55 mil contentores por dia - mais de um milhão e meio de toneladas de material. Sem petróleo, as transacções internacionais seriam seriamente afectadas.


Alimentação

  • Em média, é preciso a área equivalente à de um campo de futebol americano para garantir a alimentação de uma pessoa num ano.
  • Na América do Norte, cerca de 30% das frutas e vegetais frescos não chegam aos fornecedores devido a pequenas imperfeições.
  • Uma vaca adulta come cerca de dez quilos de comida por dia. Um porco como 3.5 quilos de comida.
  • O Japão importa cerca de 60% das suas necessidades alimentares.

Energia

  • Cerca de 40% da electricidade do mundo é produzida em plantas energéticas de combustão de carvão.

· Uma carruagem de comboio pode transportar carvão suficiente para abastecer de energia uma pequena cidade durante um dia.
· Os motores a gasóleo são 30% mais eficientes que os motores a gasolina.


Outros Serviços

  • A maioria do material hospitalar é feita a partir do petróleo. Por ano, são utilizadas cerca de 15 mil milhões de luvas cirúrgicas. Medicamentos, lubrificantes e fatos plásticos são todos feitos com petróleo. Sem eles, as infecções resistentes a medicamentos seriam capazes de se propagar mais depressa.
  • Nos Estados Unidos, o Departamento de Defesa é o maior consumidor de combustível, gastando 75 milhões de litros de gasóleo, quase 180 mil milhões de dólares, por ano.
  • Todos os anos, são necessários seis mil camiões, que gastam 75 milhões de litros de combustível, para acabarem com o lixo de Nova Iorque.
  • Inúmeros produtos plásticos - como recipientes, colheres e contentores - também são feitos a partir de petróleo.

Alternativas e Benefícios

  • As algas podem ser processadas e transformadas em combustível, produzindo sete mil vezes mais energia por quilómetro quadrado que outro bio-combustível. Este combustível é altamente renovável e quase não precisa de fertilizante.
  • Sem acesso fácil a novas fontes de petróleo, as pessoas serão obrigadas a repensar, reutilizar e reconstruir aquilo que têm.

· Se o petróleo acabasse de vez no nosso planeta, milhares de milhões de toneladas quadradas de elementos poluentes tóxicos seriam libertados da atmosfera sobre os Estados Unidos ao fim de um ano.

Reflexões: Mesmo que o petróleo acabe a vida na terra nao vai acabar para o ser humano mas, sim, vamos passar por dificuldades ao inicio e vai ser dificil a adaptação, principalmente dos paises que dependem desta fonte de energia, mas o Homem é adaptável e com certeza que se arranja maneira de sobreviver e mais tarde voltar-mos a ser urbanizados. Alternativas sao várias, é uma questão de escolher a mais rentável.

Notícia: Descoberto novo fóssil de hominídeo que conviveu com homem moderno

Hominídeo, que viveu há 14,5 mil anos na China, apresenta mistura de traços físicos arcaicos e modernos


Foto: Art copyright by Peter SchoutenAmpliar
Ilustração do novo hominídeo descoberto em cavernas de Maludong, na China
Fósseis encontrados em duas cavernas do sudoeste da China revelaram a existência de uma espécie de hominídeo até agora desconhecido. Os fósseis da Idade de Pedra apresentavam uma incomum mistura de traços físicos arcaicos e modernos, deixando uma nova pista sobre a evolução humana na Ásia.
Datando entre 14,5 mil e 11,5 mil anos, os fósseis são de hominídeos que conviveram com seres humanos modernos (Homo sapiens) em uma época em que a agricultura estava em seu princípio na China, revelou uma equipe internacional de especialistas no estudo publicado no periódico PLoS One.

Até agora não haviam sido encontrados, no leste do continente asiático, fósseis humanos de menos de 100 mil anos que se diferenciassem fisicamente do Homo sapiens, o que levou os cientistas a pensarem que não havia na região outras espécies de homínideos, quando apareceram os primeiros homens modernos. Com a nova descoberta, esta teoria está sendo posta em dúvida.
"Esses novos fósseis podem ser de uma espécie antes desconhecida que sobreviveu até o final da Idade do Gelo, há 11 mil anos", indicou Darren Curnoe da Universidade de Nova Gales do Sul, da Austrália, que liderou o estudo junto com Ji Xueping do Instituto de Arqueologia e Relíquias Culturais de Yunnan chinês.


De acordo com Curnoe, a outra opção seria que os fósseis se tratassem de representantes de uma migração da África muito adiantada e desconhecida de homens modernos que, no entanto, não contribuíram geneticamente para o homem atual. A equipe de pesquisadores é cautelosa em classificar os fósseis por causa do mosaico de características incomuns que eles apresentam.

Os restos de três indivíduos foram encontrados em 1989 por arqueólogos chineses em Maludong (na tradução do chinês, Caverna dos Cervos Vermelhos) perto da cidade de Mengzi, na província de Yunnan, mas só começaram a ser estudados em 2008 por cientistas chineses e australianos.
Um quarto esqueleto parcial apareceu em 1979 em uma caverna em Longlin, na região autônoma de Guangxi Zhuang, mas permaneceu no bloco de pedra onde foi descoberto até 2009, quando foi reconstruído.
Os crânios e dentes dos esqueletos encontrados em Maludong e Longlin são muito similares entre si.
Os cientistas apelidaram esses homens de "povo dos cervos vermelhos", já que caçavam esses animais hoje extintos e os cozinhavam na caverna de Maludong.
"A descoberta do povo dos cervos vermelhos abre um novo capítulo na história da evolução humana - o asiático - e é uma história que só agora está começando a ser incluída", afirmou Curnoe.
Embora a Ásia conte atualmente com mais da metade da população mundial, os cientistas ainda sabem pouco sobre como os humanos modernos evoluíram nessa localidade depois que seus ancestrais se fixaram na Eurásia há cerca de 70 mil anos.
Até o momento os estudos sobre as origens humanas se centraram principalmente na Europa e na África, devido em grande parte à ausência de fósseis na Ásia e ao desconhecimento da antiguidade dos poucos restos encontrados nessa zona.
Reflexões: O Homem é um ser misterioso e quanto mais queremos saber as nossas origens mais temos de investigar o nosso passado mas para isso é necessário fosseis e tecnologia que nos permita encontrar uma ligação entre os fosseis. O nosso passado pode ser uma lição para entendermos o nosso presente.

sábado, 10 de março de 2012

Evidencias da Evolução Humana : Ardi, Lucy e Menino de Lapedo

O estudo da evolução humana engloba muitas disciplinas científicas, incluindo a antropologia físicaprimatologia, a arqueologialinguística, a genética e a  paleontologia. Todas estas ciências conseguem reunir evidencias da evolução do Homem no entanto é talvez a paleontologia a que apresenta provas mais concretas.
Vários fosseis de hominídeos antigos foram encontrados e muito deles são tão importantes que podem mudar a visão sobre esta temática. Desatacam-se assim três fosseis:




Ardi e Lucy



Lucy foi descoberta pelo americano Donald Johanson em 1974 e tornou-se uma celebridade instantânea. A carreira de Ardi até o topo da fama foi mais árdua. Ela foi desencavada em 1994. Durante os quinze anos seguintes, uma equipe de 47 especialistas chefiada pelo americano Tim White aferiu cuidadosamente suas medidas de cintura, braços,crânio e de cada dente da arcada. Finalmente satisfeitos com as medições, eles colocaram Ardi na capa da mais respeitada revista científica do mundo, a Science. Ardi e Lucy são originárias de uma mesma região da Etiópia, o Triângulo de Afar. Esse lugar desértico do coração oriental da África está para a paleoantropologia assim como o Rio Grande do Sul está para a moda. Do sul do Brasil saem modelos perfeitas como Gisele Bündchen e Alessandra Ambrosio. De Afar saem os mais conservados e completos exemplares fósseis dos mais antigos antepassados da espécie humana.´

Lucy e Ardi são as modelos mais perfeitas da aurora da humanidade. Ardi viveu mais de 1 milhão de anos antes de Lucy. Ambas são avós humanas e só humanas – ou seja, elas pertencem a uma espécie de antepassado que já havia saltado do grande tronco evolutivo comum do qual brotaram a humanidade e também seus primos mais próximos, os primatas. Tanto Lucy, um exemplar de Australopithecus afarensis, quanto Ardi, uma Ardipithecus ramidus, são do galho da árvore evolutiva que levou ao surgimento do Homo sapiens. Isso e o fato de terem nos legado ossadas muito completas justificam a fama. Ardi e Lucy serão destronadas quando o deserto de Afar entregar seu mais precioso tesouro, os ossos do antepassado comum dos homens e dos primatas, o verdadeiro "elo perdido". Os paleoantropólogos sabem que os ossos do elo perdido estão enterrados em alguma dobra do solo da que é a segunda região mais quente do mundo (recorde de 64 graus, registrados em 1930), atrás apenas de Dasht-e Lut, o atemorizante deserto de sal do sudeste do Irã. Enquanto o elo perdido não for encontrado, Ardi e Lucy reinarão soberanas. A partir de seus ossos calcinados, preservados por milhões de anos em lava vulcânica, os especialistas conseguem reproduzir com exatidão seus traços físicos e o mundo à sua volta. 
Menino de Lapedo
Menino do Lapedo foi a denominação dada ao fóssil de uma criança encontrado em 1998 no Abrigo do Lagar Velho do Vale do Lapedo, na cidade portuguesa de Leiria.
O menino do Lapedo foi descoberto em 28 de Novembro de 1998, dia em se realizou uma expedição ao Abrigo do Lagar Velho, para estudar algumas pinturas rupestres descobertas anteriormente. A reconstituição da época demonstra que o lugar do enterramento correspondia a um cone de acumulação de sedimentos, rodeado pela ribeira do Sirol e uma possível exsurgência na parede calcária. Para enterrar a criança escavou-se uma pequena fossa e foi queimado um ramo de pinheiro. A criança foi embrulhada numa mortalha tingida com ocre vermelho (daí a tonalidade vermelha do solo na sepultura) e estendida na fossa, de costas e ligeiramente inclinada para a parede do abrigo. Junto ao pescoço foi ainda recolhida uma concha tingida a ocre, que deveria fazer parte de um colar, e 4 dentes de veado na cabeça que faziam parte de uma espécie de toca e a criança foi ainda enterrada com oferendas de carne de veado.
O esqueleto mede cerca de 90 centímetros. Desconhece-se o sexo do esqueleto (apesar de ser chamado "menino"). O esqueleto no entanto não estava totalmente intacto: a mão, o antebraço e o pé esquerdos tinham sido deslocados, ou por um animal a escavar na toca ou no acto da descoberta; o crânio, o ombro e o braço direitos foram esmagados durante o processo de terraplanagem do local. A caixa torácica, a coluna vertebral, a cintura pélvica, as pernas, o braço esquerdo e o pé direito, no entanto, estavam intactos e na posição original.
A relevância deste achado arqueológico, com cerca de 24.500 anos, se dá pelo facto do fóssil ter pertencido a uma criança que teria nascido do cruzamento de um Homo neanderthalensis com um Homo sapiens, o que revelaria que espécies diferentes de humanóides poderiam cruzar entre si e gerar descendentes. Com o menino do Lapedo podemos também sugerir que o Neandertal desapareceu não por extinção mas sim por interacção entre eles e os cro-magnons e uma absorção do mesmo.
Hoje ainda continuam as investigações arqueológicas e antropológicas ao esqueleto, bem como as discussões da sua origem - se de facto resultou da mistura das 2 espécies ou na verdade pertence a uma delas.
É possível ver uma réplica do esqueleto no Centro de Interpretação do Lagar Velho, e uma reconstrução do rosto do menino, feita pelo antropólogo norte-americano Brian Pierson. Está prevista a construção de um museu de arqueologia no Convento de Santo Agostinho, na cidade de Leiria, que albergará o esqueleto original.

Reconstituição do Menino de Lapedo
 
Reflexão: São descobertas como esta que fazem a ciência da evolução avançar, permitindo assim chegar a origem da nossa espécie à mas também à origem no próprio género Homo . 




 
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sexta-feira, 9 de março de 2012

Notícia: Erupção solar atinge a Terra

Termina hoje o impacto sobre a Terra da tempestade solar que começou na terça-feira, divulgou a Administração Nacional dos Oceanos e da Atmosfera, nos Estados Unidos. A erupção de pequenas partículas solares atinge o nosso planeta a uma velocidade de 7,2 milhões de quilómetros por hora. Estes efeitos da explosão, a mais forte desde 2006, poderão afectar a distribuição de electricidade, as comunicações por satélite, os sistemas de GPS ou a actividade dos astronautas.


A NASA, agência espacial norte-americana, informou que hoje há mais explosões, pois o Sol aproxima-se da erupção mais intensa que ocorre de onze em onze anos, estando a próxima prevista para Junho ou Julho de 2013.
A última grande explosão ocorreu em 1859, tendo provocado auroras boreais à latitude de Cuba. Daniel Baker, da Univ. Colorado (EUA), entende que uma explosão desta dimensão provocaria um apagão em várias partes do Globo.
Reflexões: O sol é que nos mantém vivos e pela mesma lógica pode-nos matar. Sendo um conjunto de atomos a serem ligados a libertação de energia que provem dessa ligação é expelida e chega á terra permitindo a vida e ás vezes a energia é tanta que até pode acabar com ela. É um risco que temos de tomar.